MANIFESTO BICICLETADA BRASÍLIA
Muito já foi dito sobre a tragédia de Porto Alegre, mas gostaríamos de chamar atenção nesse texto para algumas das reações a esse evento que marcou a todos nós, entusiastas das bicicletas. A maioria delas nos causou espanto, tristeza e mesmo indignação. São falas que misturam conformismo, conservadorismo, preconceito e paranóia. E que acabam por reproduzir uma visão equivocada da Bicicletada e até mesmo das pessoas que utilizam bicicletas como meio de locomoção.
Muitos comentários fazem referência ao direito de ir e vir dos motoristas, que supostamente seria afetado pelas manifestações da Bicicletada. Antes de mais nada: achamos uma pena essas pessoas não se levantarem com a mesma veemência pelo direito de ir e vir de ciclistas e pedestres, que é ameaçado TODOS OS DIAS. Fariam muito mais diferença.
Sim, porque a circulação de automóveis já tem ao seu lado montadoras, empreiteiras, governo, publicidade. A garantia dos direitos dos não-motorizados conta em sua defesa apenas com o legítimo poder de reivindicação dos cidadãos.
O raciocínio se estende para as críticas ao ?método? da Bicicletada. Lemos várias falas condenando o fato de a Bicicletada ?fechar? vias (coisa que só fazemos de forma localizada e durante um certo tempo, diga-se de passagem). Outra vez: adorariamos vermos essas pessoas se manifestando com a mesma veemência contra o fechamento completo e DIÁRIO, pelo menos DUAS VEZES POR DIA, das principais vias da cidade por automóveis.
Pesquise dentro do Blog
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postagens populares
-
"1. Que é uma Usina Nuclear? Uma Usina Nuclear é uma instalação industrial empregada para produzir eletricidade a partir de energ...
-
Série de 3 episódios revela imagens e depoimentos históricos sobre o Golpe de 64 Robert Bentley, assistente de embaixador Lincoln Gordon...
-
Ainda não havíamos dado nosso parecer sobre o desastre nuclear que se abate no Japão, com sequelas pelo mundo todo, mas depois deste artido...
-
Resenha: CARVALHO, José Murilo de. “Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi”. São Paulo: Companhia da Letras, 1987. ...
-
O Brasil, em meados da década de 1960, ainda era um país provinciano e a Dita começava a ficar dura. Hoje, mesmo que pareçamos mais antena...
Nenhum comentário:
Postar um comentário