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sexta-feira, 11 de março de 2011

Em Tóquio, colapso dos transportes deixa milhões longe de casa


Em Tóquio, colapso dos transportes deixa milhões longe de casa
Milhões de pessoas estão presas longe de casa na região metropolitana de Tóquio, à medida que a noite cai no Japão, depois do maior terremoto da história do país, seguido por uma tsunami, que provocou um colapso no sistema público de transportes.
Enquanto as sirenes de alerta soavam pela capital japonesa, helicópteros das redes de televisão voavam baixo registrando o estrago provocado pelo temor na megalópole de 35 milhões de habitantes, onde pouco depois do tremor lojas e restaurantes começaram a lotar com pessoas aflitas para estocar mantimentos.
Japoneses fazem longa fila para aguardar ônibus em terminal de Yokohama, sudoeste de Tóquio, após terremoto. Foto: Shuji Kajiyama/AP
Para os sobreviventes, que vagavam pelas ruas depois de sentirem tremer prédios de escritórios com estruturas reforçadas, projetadas para resistir a tremores tão fortes quanto o desta sexta-feira, a questão agora é saber notícias da família. O sistema de telefonia, entretanto, está caótico, e poucos conseguem completar ligações.
O gigantesco sistema de metrô de Tóquio está parado, assim como as várias linhas de trem.
“Não tenho ideia de como vou chegar em casa”, disse uma jovem de 18 anos, que esperava do lado de fora de uma estação do metrô.
Ela contou que estava em uma loja de departamentos no momento do tremor, e viu como todos os objetos eram simplesmente lançados das prateleiras, quebrando no chão à sua volta.
Com a ajuda de alto-falantes e transmissões televisivas, o governo pedia à população que permanecesse perto de seus locais de trabalho e não se arriscasse a ir andando para casa. Muitas estradas tiveram o asfalto rachado pelo impacto.
Muitos lotavam hotéis em busca de quartos para passar a noite.
Japoneses se protegem do frio com cobertores; sem transportes, milhões não têm como voltar para casa. Foto: Shuji Kajiyama/AP
“Por favor, não tentem ir para casa, pois não há meios de transporte. Fiquem em seus escritórios ou procurem locais seguros”, indicava um alerta oficial transmitido pelo canal público NHK.
“A noite está caindo”, continuava o locutor da NHK –é inverno no Japão. “Se os moradores que moram em bairros distantes tentarem ir para casa a pé durante a noite, podem ser vítimas de acidentes secundários.”
A região metropolitana de Tóquio –que inclui a região de Yokohama e enormes áreas suburbanas na planície de Kanto– é a maior concentração urbana do mundo, com milhões de pessoas que viajam durante horas entre seus locais de trabalho e suas casas.
TREMOR
A polícia do Japão afirmou nesta sexta-feira que subiu para 40 o número de mortes causadas pelo forte terremoto de magnitude 8,9, seguido por um tsunami com ondas de até dez metros de altura, atingiu a costa nordeste do país nesta sexta-feira. Trata-se do pior tremor a atingir o país desde que começaram a ser feitos registros, no final do século 19, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
O tremor desta sexta foi seguido por ao menos 19 réplicas, algumas delas de magnitude 6,3. Cidades e vilarejos ao longo dos 2.100 quilômetros da costa leste do país foram afetadas por violentos tremores que atingiram até a capital, Tóquio, localizada a 373 quilômetros de distância do epicentro.
O terremoto ocorreu às 14h46 da hora local (2h46 em Brasília) e teve seu epicentro no Oceano Pacífico, a 130 quilômetros da península de Ojika, e a uma profundidade de 24,4 quilômetros, de acordo com o USGS.

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